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Gesso Acartonado (drywall)

Gesso Acartonado (drywall)
Vantagens do Gesso Acartonado

Gesso Acartonado

Surgindo como um promissor e inovador sistema a seco de revestimento e divisões internas da construção civil, o gesso acartonado vem ganhando espaço nos projetos mais recentes desbancando tradicionais métodos como a alvenaria e argamassas de revestimento em geral, devido a uma série de vantagens conseqüentes da sua aplicação, as quais são bastante divulgadas, sobrando muitas vezes pouco espaço para a divulgação de suas desvantagens, que como qualquer outro material também apresenta.



Já conhecido em outros países da Europa e também nos Estados Unidos já há mais tempo, o material vem sendo introduzido no Brasil com muita aceitação chegando a patamares de crescimento de 40 a 50% ao ano em vendas e sua integração a projetos vem se dando nas formas mais variadas possíveis, agradando arquitetos que já o experimentaram.
Sua aparência frágil tem sido constantemente desmentida pela experimentação do auto grau de desenvolvimento por que passou, recebendo diversas adaptações tecnológicas para que se torne viável nas mais diferentes situações que as características dos materiais que o compõem, os quais são o gesso em um papel cartão especial, não conseguem suprir, senão aliados em um único material.




:: O que é Gesso Acartonado?

O gesso acartonado se constitui de chapas que variam entre 12,5 a 15mm. de espessura com outras dimensões variadas obtidas do uso de um material resultante de uma experimentação bem sucedida da união de dois materiais com características distintas. O gesso, que como qualquer liga rochosa resiste muito bem à compressão, mas é péssimo em resistir à tração e flexão, envolto por uma camada de um papel cartão especial, com resistência a flexão e tração que um material fibroso pode oferecer, gera um poderoso casamento que pode garantir melhorias qualitativas e quantitativas a qualquer construção, adquirindo assim a resistência a impactos que lhe atribui além do uso bastante divulgado como forro, a possibilidade de uso em divisões de ambientes substituindo muito bem a alvenaria, quando recebendo as devidas adaptações.
Além disso, a nova técnica traz outras soluções para o gesso ao impedir que ocorram as indesejáveis trincas devido a constantes dilatações do material com as amplitudes térmicas e a secagem da massa de gesso, visto que este já sai seco da indústria envolto no papel que lhe dá rigidez nas dilatações e impede o amarelamento do gesso.
Por ser um produto que exige um grande respaldo técnico para sua produção e apresenta a possibilidade de ser modulado, o gesso acartonado é produzido industrialmente com qualidade controlada favorecendo a tendência atual do fortalecimento da ligação entre a indústria e a construção civil, que ao longo de muitos anos andaram bem distantes, mas que só vem apontando como uma experiência bem sucedida que só tende a se intensificar.

Coeficiente de condutibilidade térmica 0,38kcal/cm².h.ºC
Peso específico aparente 19g/cm³
Resistência a tração 21kg/cm²






:: Aplicações

Como a entrada do material é recente no Brasil, suas aplicações ainda têm muito a serem exploradas. Iniciou-se com a boa aceitação do mercado a sua introdução na montagem de forros dando resultados bastante satisfatórios. Posteriormente deslocaram-se as placas do teto para as paredes, com uso em revestimentos, mas sem dúvida a sua função revolucionária que vem com tudo para substituir antigos métodos, são as paredes de gesso acartonado, conhecidas pelo termo em inglês, “drywall”.
Assim, o gesso acartonado atinge as seguintes funções atualmente:

Forros;
Revestimentos;
Paredes internas (“drywall”).
Forros: A utilização do gesso acartonado como forro é possível de duas maneiras distintas, cada uma apresentando distinções em suas características, adaptando-se a diferentes situações.

Forro fixo: É usado para a cobertura de grandes vãos quando se necessita da obtenção de muitas aberturas para colocação de luminárias, difusores ou sprinklers. Também possui características de isolante acústico pela perfeita vedação que possui, podendo ser acentuada com a sobreposição de mais placas ou o uso de mantas isolantes, como lã de vidro ou de rocha. O acabamento de superfície é perfeitamente uniforme e homogêneo. A colocação é possível pela instalação de cabos metálicos presos ao teto, seja laje ou estrutura de telhado, que seguram canaletas metálicas afastadas entre si 60 cm, dispostas longitudinalmente, onde são fixadas as placas dispondo-as uma encostada na outra. O encontro com a parede se dá pela colocação de cantoneiras metálicas onde são apoiadas as canaletas, resistindo a esforços horizontais. As junções das chapas são cobertas com fita de papel Kraft e gesso, dando a esperada vedação, podendo melhorar o acabamento se aplicada massa corrida. Esse método possibilita a obtenção de forros arredondados caso encomende-se placas com essas características.











Forro removível: Esse sistema é caracterizado pela possibilidade de remoção das placas, sendo indicado para ambientes que precisam de constantes inspeções as instalações elétricas, de ar condicionado, sprinklers e som estabelecidas acima do forro. Também é apoiado em perfis metálicos que formam uma estrutura que lembra uma grelha presa por cabos no teto, onde são apoiadas as placas por encaixe nos espaços vazios da grelha, possuindo também cantoneiras que também funcionam como encaixes vedando o encosto com a parede.






Revestimentos: Também existem duas maneiras de se utilizar o gesso acartonado como revestimento interno de paredes, substituindo o uso de argamassas úmidas para dar o acabamento a paredes com tijolos ou outros elementos de preenchimento expostos.






Fixada em canaletas: Perfis de aço galvanizado são fixados na parede entre 40 a 48 cm. e sobre eles são aparafusadas as placas de gesso acartonado que podem apresentar diferentes opções caso sejam ambientes úmidos ou propícios a incêndio. Dessa maneira também cria a possibilidade de melhorar o isolamento acústico e térmico com o preenchimento do espaço vazio entre a placa e a parede com isolantes como as lãs de vidro e de rocha, além de que esses espaços também podem ser usados para a instalação de sistemas elétricos, hidráulicos, calefação, etc.






Fixada com massa: As placas são fixadas através de uma massa adesiva em pó disposta sobre a superfície da parede, podendo receber reforço com a utilização de pregos. Nesse sistema não é possível ocupar o espaço criado entre a parede e as placas.






Paredes internas: O sistema criado para o uso do gesso acartonado como divisória em ambientes internos se constitui em uma estrutura interna sem função estrutural, que pode ser metálica (predominante) ou de madeira (com devido tratamento contra pragas), envolvida pelas placas em ambos os lados, as quais recebendo o devido tratamento de junta invisível, que apaga a demarcação de encosto entre as placas pelo mesmo sistema do forro fixo, torna-se uma superfície lisa e homogênea que pode receber as mais diversas aplicações, desde a simples pintura até revestimentos cerâmicos. É aconselhável para ambientes amplos, onde as paredes externas, o chão e o forro já estejam prontos, mas necessita-se uma maior segregação do mesmo, com possibilidade de redisposição, o que dá ao espaço bastante flexibilidade no desempenho de sua função. A estrutura interna é composta por guias em forma de “U” fixadas no chão e no forro, onde são dispostos montantes verticais a cada 60 cm. da altura do pé direito, onde são fixas as placas de 1,2m. de largura. Esses montantes possuem buracos por onde devem passar as instalações elétricas, hidráulicas, etc., que são postas antes da parede receber a segunda colocação das placas. Pode-se trabalhar normalmente com esquadrias na parede desde que se reforce a estrutura em torno dela. A aplicação em ambientes úmidos como banheiros e cozinhas também são possível se for especificado no pedido das placas, pois há placas especiais resistentes a umidade (tratada com elementos hidrofugantes como o silicone) e ao fogo (aditivos retardam a perda de água) acrescentando durabilidade quando expostas a essas condições, principalmente a umidade que é bastante danosa ao gesso, causando a perda de rigidez levando-o a se desmontar. Todo o conjunto é pré-encomendado ao fabricante, fornecendo-lhe as especificações do projeto, e no dia em que o espaço estiver pronto, o fabricante entrega a encomenda e pode ou não fornecer a mão-de-obra para a instalação, que precisa ter especialização técnica.
















Paredes técnicas: Existem adaptações da estrutura suporte da parede para as instalações hidráulicas como pias, urinóis, melhorando suas fixações frente à fragilidade da parede pra tal finalidade. Nesses casos são usadas as placas tratadas com maior resistência a umidade.






Paredes especiais: Esse sistema normal de paredes possui certa dificuldade de se adaptar a necessidade de fixação de prateleiras, mas buscando solução desenvolveram-se sistemas especiais que atendem a demanda de lojas e butiques que precisam expor seus produtos. Insere-se entre dois montantes verticais ou fixa-se externamente por parafusos em um único montante uma cremalheira (tira de aço com diversos furinhos) onde é possível encaixar apoios de prateleiras. Esses dois métodos são chamados de cremalheira embutida e externa respectivamente, sendo que no primeiro ainda há o surgimento de uma outra peça, a cantoneira, que fará a proteção da extremidade da placa em contato com os encaixes.

Vantagens e desvantagens: Como material de construção, o gesso acartonado adquiri vantagens generalizadas dos materiais rochosos por ser constituído de gesso, como a resistência a impactos, imunidade à proliferação de fungos e bactérias, estabilidade, bom isolamento térmico-acústico e sem dúvida a resistência ao fogo, um caráter do gesso bastante apreciado em países do hemisfério norte, que por ter em sua fórmula a presença de duas moléculas de água para cada molécula do mineral, desempenhando a função de agregante, o material chega a ter 22% de sua massa constituída por água, ou seja, uma placa de um metro quadrado e 12,5 mm. de espessura possui 2,2 litros de água. Assim, ao entrar em contato com as chamas, as placas começam expelir essa água em forma de vapor, retardando a queima do mesmo.
Pela presença do papel, o material apresenta os benefícios da madeira, é flexível, fácil de cortar, perfurar, pregar e aparafusar, dando boa aderência a qualquer material que se deseja aplicar sobre a superfície das placas, como pinturas, papéis de parede e revestimentos em geral.
Mas sem dúvida, as principais vantagens do gesso acartonado, falando mais especificamente da sua mais nova aplicação, como parede (”drywall”), são inúmeras e pertinentes aos aspectos que envolvem o geral da obra e do projeto. A produção, por ser feita em escala industrial, e a instalação, por ser feita a seco, permite a redução de desperdícios com menor acúmulo de entulho, perfeitos acabamentos e alta velocidade de execução, diminuindo contratempos no andamento da obra e gasto de mão-de-obra, isso contraposto pelo fato de exigir mão-de-obra especializada para a instalação, o que é caro. O sistema é adaptável a qualquer sistema construtivo, seja aço, concreto, madeira, etc. Por envolver menos acúmulo de massa e redução da espessura pelos vazios que se formam entre as placas, ocorre um ganho de área considerável nos ambientes e uma redução expressiva da carga aplicada sobre a estrutura do edifício, causando menores dimensionamentos de lajes, vigas, pilares e fundações, reduzindo entre 10 a 15% suas dimensões. Outro aspecto é o fato das instalações feitas em seu interior poderem ser reparadas com freqüência sem precisar destruir grande parcela da parede, podendo ser perfeitamente e facilmente reparadas.
A questão levantada por muitos técnicos é a fragilidade do sistema frente à fixação de grandes cargas na superfície das paredes, como armários. Os fabricantes logo lançaram respostas no mercado com a criação de parafusos especiais que expandem seu apoio quando introduzidos na parede, além da opção de prever a instalação de peças de madeira verticais servindo exclusivamente para a fixação dessas cargas mais pesadas, sendo aquelas devidamente tratadas contra cupim.
Mas, perante o mar de vantagens, surge uma questão que, caso seja comprovada, pode fazer esse mar secar, para as condições de Brasil. Pelo sistema criar espaços vazios entre as placas, surge aí um excelente espaço para a procriação de pragas, as mais diversas possíveis, como formigas, cupins, também atraídos pela celulose do papel cartão, baratas, aranhas, ratos, etc., dando-lhes as condições ideais para se desenvolverem e “invadirem” os abrigos humanos, espalhando as mais danosas doenças e prejuízos associados a cada um. Isso se agrava pela situação brasileira de país tropical, muito propício ao crescimento e expansão das pragas, muito diferente dos países do hemisfério norte, que anualmente os invernos rigorosos dizimam grande parte das populações de pragas, além de possuírem avançados sistemas de controle de pragas. Por mais que o sistema garanta perfeitas vedações, é impossível garantir a inexistência de acessos a esses animais aos compartimentos que lhe servirão de perfeito abrigo. E o desenvolvimento de um bom controle de pragas, é pura ironia se pensar na situação de Brasil, pois, se até em países desenvolvidos com os Estados Unidos o controle teve crises em estados do sul em períodos de temperaturas altas, que em nada se comparava com o calor dos trópicos, imaginemos o que ocorreria em nosso país. Para tanto, é fundamental ao arquiteto prever situações que o uso de certos materiais poderão trazer, e no caso do gesso o mais indicado é esperar os resultados das aplicações já efetuadas no Brasil, e estudar seus resultados.

:: Tratamentos térmicos e acústicos

O gesso em si, já é bastante usado com a finalidade de se obter tratamento acústico em muitos ambientes, como cinemas, onde chega-se a usar até três placas de cobertura das paredes, dando um ótimo isolamento comparado a uma parede de alvenaria com tijolos deitados. Já o isolamento térmico do sistema composto por gesso acartonado, não vem a ser tão satisfatório.
Para tanto, vem se adaptando ao sistema o uso de recursos existentes no mercado que respondem muito bem aos dois quesitos, térmico e acústico. Trata-se das lãs minerais, de vidro e de rocha, que quando bem associadas às paredes ou revestimentos de gesso acartonado, preenchendo os espaços vazios, ou quando dispostas sobre os forros, somam ao isolamento acústico do gesso e isolam termicamente muito bem os ambientes por elas composto. Acusticamente, uma parede de “drywall” composta por duas placas de gesso em ambos os lados mais lã de vidro em seu interior, obtendo a espessura de 16 cm., é comparada a uma parede de concreto maciço de 18 cm. que pelo aspecto peso é bastante inviável, chegando a pesar 414 kg/m², enquanto a de gesso pesa 40 kg/m².
Além dos isolamentos térmico e acústico, o sistema também apresenta a possibilidade de gerar isolamento radioativo para salas de hospitais onde serão instalados aparelhos de raios-X, através da introdução de chapas de chumbo no espaço vazio entre as placas.